Em 1927, as mulheres conseguiram o direito ao voto no Brasil. De lá para cá, foram várias outras batalhas a lutar pela igualdade política. Mas, a verdade, é que nós vemos que ainda há muita desigualdade dentro dos órgãos políticos do país. 

Atualmente, nós vamos explorar um pouco mais sobre a presença feminina na política, não só no Brasil, como no mundo, para entendermos melhor o cenário em que vivemos. 

Desigualdade de gênero no mundo

A desigualdade de gênero na política não se restringe apenas ao Brasil. Na Inglaterra, país pioneiro na luta sufragista, também sofre com a falta de representantes femininos na política. A revista Elle lançou uma campanha para escancarar a desigualdade que há na política mundial. A revista editou fotos de cenas com líderes políticos e deletou os homens da foto. Neste exemplo, vemos a chanceler alemã, Angela Merkel, como a única mulher na reunião de líderes mundiais. 

De acordo com o mapa sobre Mulheres na Política 2015, apenas 48 países contam com 30% ou mais de congressistas femininas. A média mundial em parlamentos alcançou o patamar de 22%, sendo as Américas a região com maior índice. A Bolívia lidera o ranking, com 53,1% do seu Congresso composto por mulheres.

Qual o cenário do Brasil?

Se fizéssemos algo semelhante e fotografássemos os representantes no Congresso, o resultado não seria muito diferente. Na Câmara, dos 513 deputados, apenas 77 são mulheres. Se analisarmos as lideranças, apenas quatro mulheres presidem comissões permanentes na Casa do Povo. 

A população feminina já é maior que a masculina, de acordo com os dados de 2019 da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra Líquida de Domicílios Contínua), representando 51,8%, enquanto os homens compõem apenas 48,2%. Essa maioria, no entanto, está longe de ser representada nos centros de tomada de decisão do país. 

Como podemos mudar este cenário?

Para a democracia existir e atuar de forma justa e plural é mais que fundamental que haja equidade de gênero entre as lideranças nacionais. Além das pautas das mulheres, deve-se haver voz feminina nas decisões de poder.

 

Se quisermos alcançar a igualdade de gênero dentro da política, precisamos lutar pela representatividade. Para isso, é mais que necessário eleições de candidatas mulheres. Diversas campanhas e iniciativas que buscam incentivar a vitória de mulheres nas urnas, como a Campanha de Mulher, lançada pelo grupo Mídia Ninja. 

Uma cartilha elaborada pela Procuradoria Especial da Mulher mostra a importância de termos iniciativas como essa. A pesquisa apresentou alguns dados importantes:

  • 83% das pessoas entrevistadas disseram que o sexo do candidato não influencia na escolha do voto
  • 79% disseram já ter votado em uma mulher para cargo político

Apesar disso, o Brasil ocupa a 131ª posição no ranking de 189 países, classificados de acordo com o percentual de mulheres nos parlamentos sociais. Outro ponto que a cartilha traz é a dificuldade dos partidos de preencher a cota mínima de 30% de candidaturas por sexo, isto é, a lei prevê que 30% dos candidatos eleitos devem ser de mulheres. 

A jornada é longa e possível

O Brasil ainda tem uma longa jornada a percorrer quando o assunto é igualdade de gênero na política. O primeiro passo para avançarmos neste tema é ampliarmos a voz feminina nas tomadas de decisão do país, tanto no executivo, quanto no legislativo. 

Você já votou em alguma mulher? Alguma mulher que você votou foi eleita? O sexo do candidato interfere na sua decisão? 

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21/03/2023

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