A multiterapeuta Iana Meireles, da @vagalumeterapias, deu início à live do dia 19/6, falando que a semana foi intensa, com todo o movimento de Netuno e as quadraturas com Sol e com Marte, deixou todos mais melancólicos. “Ontem já tivemos Mercúrio retrógrado em Câncer, já chegando e causando, com muitas movimentações mundo afora e certamente na vida das pessoas também. Não podemos culpar só Mercúrio. Temos Saturno, Plutão e Júpiter, os três retrógrados em Capricórnio. A eles, se junta Vênus retrógrada em Gêmeos”, aponta Iana. Lembrando que a partir de agora, as lives estão sendo divulgadas, além de Youtube e Instagram, também no Twitter e Facebook da @agdescomplica.
Pode haver ruídos de comunicação
Além disso, Mercúrio, com comunicação, comércio, política, trocas, negociação, mexe mais conosco no nosso cotidiano. Quando ele trava o movimento dele, a gente sente mais. Ele começou a olhar para trás e se movimentar. Ele rege as nossas trocas, as negociações. Mais do que nunca, podemos ter delays, problemas de comunicação, inclusive no trabalho. Não façam backup de celular, não troquem as coisas no lugar, a tecnologia dá uma pirada, celular trava, computador dá problema. Faça tudo com calma e tempo. Esse movimento segue até dia 12 de julho.
Permita que os conflitos internos venham à tona
No quadro O Céu e a Semana, Iana lembra que virão à tona todo tipo de conversa. Mercúrio em Câncer trata de família, ancestralidade. Portanto, tenha cuidado com conversas, segredos, conflitos de família. Conflitos que devem ser falados. As pessoas estarão se manifestando a respeito de tabus. Amigos próximos terão diálogos intensos, mas não necessariamente ruins. Confirme tudo com a técnica do espelho, para amenizar os conflitos e os ruídos de comunicação. Será que fulano quis mesmo dizer isso? Ou será que eu entendi errado? Surpresas e conflitos inacabados podem surgir na vida amorosa. As pendências e histórias mal resolvidas voltam. Todos têm pendências e agora elas vão brotar. Alguma coisa que está engasgada porque vem à tona, resolva, reata relações e pontes com os amigos e familiares. Tudo vai melhorar, você terá a chance de aperfeiçoar essas relações.
Mais um eclipse para nossa alegria!
Temos outras coisas acontecendo, como o eclipse neste domingo, dia 21. Geralmente, temos quatro ou cinco eclipses no ano. Em 2020, temos sete. Neste domingo, o eclipse é solar, ou seja, o Sol mandando luz para a Lua e ela, por sua vez, emanando sombra para a Terra. Ele fala de revelações do nosso inconsciente. Mesmo sendo anular, podemos imaginar como se tivesse um farol se acendendo dentro da escuridão. O que está dentro de nós vai ser iluminado, nos trazendo clareza. É importante silenciar o máximo possível e só então, focar, acalmar nosso interior. Teremos a linda oportunidade do Sol iluminando o inconsciente para que entendamos nossos problemas da vida prática.
O eclipse não será visível no Hemisfério Sul e ocorrerá às 3h, mas isso não diminui o efeito sobre nós. Recomendo um momento de meditação, tente dormir com tranquilidade, faça uma refeição leve para não ter pesadelos. Introspecção, ficar mais quieto, faça uma oração, antes de dormir e assim que acordar. Tenha um domingo mais amoroso, gentil, olhando para dentro.
Montanha nevada
No quadro Corra para as Montanhas, Iana nos responde quem mais vai correr para as montanhas. A montanha agora está nevada e no auge do inverno, com a entrada do Sol em Câncer, com noites mais longas e dias mais curtos. No mito de Horus, também para os gregos, no cristianismo do mito do inverno, temos muitas histórias contando esse Sol invictus. Nesta noite mais longa do ano, a noite mais longa e escura, o Sol renasce e a cada dia vai ficando mais forte, até termos o equinócio novamente. Temos esses ciclos que movimentam a humanidade, a agricultura, nossa vida, mesmo que não percebamos. Mas esses ciclos também são internos. Temos o inverno da alma, frio. É quando nos aquecemos mais, saímos menos de casa, é realmente um momento de introspecção, melancolia, precisamos desse momento para nos refazermos.
A vida é um ciclo
Trago uma carta do Tarot que é a Roda da Fortuna, que trata dos ciclos. Embaixo temos o coiote que se alimenta da morte, Em cima, a esfinge e ao lado, uma serpente que troca de pele. Algo que se alimenta a partir daquele fim, um ciclo, temos que ter sabedoria para nos alimentarmos desse auge, para depois nos transformamos novamente. “Precisamos da dualidade, dos ciclos de transformação. Esse ciclo é necessário para ajustar e mudar. Vivemos esses invernos quando chegamos ao fim, às crises. Isso causa um sofrimento desnecessário. Fazemos do mesmo jeito, seguimos sem olhar para dentro, para as crenças e transformações. Só quando há algo muito sério, um luto, uma eminência da morte, pensamos nisso. Às vezes uma doença, uma pandemia, um acidente, um assalto. Aí paramos para pensar o sentido da vida, o sentido das coisas. Mas podemos fazer isso sem esses cenários extremos. Porque a roda gira, o clico se impõem sobre as etapas. Nada é para sempre. Vamos viver a transformação, vamos morrendo, até que virarmos outra coisa para girar de novo a roda da vida. Precisamos olhar para esses invernos internos. Agora na pandemia temos que nos deparar com todos os invernos e conteúdos paralisados há tempos que fingimos que não existiam”, pontua Iana.
Pulsão de morte
Como aliar a vivência do inverno e o impulso de vida e morte? Percebermos dentro de nós essa normalização da morte, é importante. O tempo passa, nosso corpo começa a morrer. Se não fazemos isso, a pulsão de morte atua em nós. Ao usarmos a morte em nosso favor, ela não vai atuar dentro de nós com processos negativos. A morte e nossa sombra ficam misturadas, está na nossa sombra. Literalmente, tiramos a morte da nossa vida. Não tínhamos tempo para a morte, para pensar a morte. O pavor da extinção está muito sombrio na nossa sociedade ainda. Para a terapeuta, precisamos entender que o ciclo da vida é belo. “Não é nosso inimigo, ele nos ensina, nos pontua o tempo e nos ensina a pensar melhor nossa vida”.
Budistas comemoram e fazem banquetes nos velórios. Os mexicanos fazem festas. Precisamos normatizar isso. A morte é a mãe no México. A grande mãe que muitas vezes vem tirar um grande sofrimento. “E como diria Buda, estou em um mundo de sonhos e transcender a ilusão da nossa realidade. Precisamos entender que talvez exista mais que a vida. Entender que a vida e e morte são iguais na sua importância. Mas é preciso equilibrar as duas forças”, finaliza.
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Diante da pandemia da Covid-19 que tomou conta de todo o mundo nos últimos meses, nós da Agência descompli.ca resolvemos aproveitar essa oportunidade nos nossos canais para fazermos lives com nosso público. A ideia é estabelecer pontes, traçar caminhos de harmonia e diálogo com temas que não só dizem respeito à crise, empreendedorismo, pequenos negócios, mas também de como enfrentarmos esse momento de forma mais equilibrada, tanto financeiramente quanto física e psicologicamente.
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