Com a pandemia, veio o isolamento, encadeando muitas vezes emoções como ansiedade e angústia. Não só porque vemos nossos planejamentos irem por água abaixo, mas também porque isso nos lembra que, na verdade, não temos o controle de nada. No dia 3 de abril, foi a vez da terapeuta da Vagalume Terapias, Iana Meireles falar de como se relacionar melhor consigo mesmo e os familiares neste momento tão delicado.
No bate papo, Iana explicou que tudo pelo qual estamos passando já era uma coisa esperada. “Eu já estava nesse movimento de começar a olhar para dentro. De buscar o crescimento. Já estamos começando a aprender algumas lições. Saturno e Plutão em conjunção já estavam nos avisando que teríamos um período de reclusão, de meditação, de introspecção, de reavaliar valores, posturas. Eu já estava com as barbas de molho desde o finalzinho de dezembro”.
Segundo Iana, o processo terapêutico é sempre de dois lados. E esse momento está sendo desafiador até para ela, acostumada a se isolar no silêncio. “Eu gosto sempre de lembrar que nós, terapeutas, somos antes de tudo, humanos. Somos todos seres em evolução. Estamos todos aqui, aprendendo ser a melhor versão de nós mesmos, todos os dias. É maravilhoso poder trabalhar ajudando os outros, pois crescemos juntos”.
Nas nossas rotinas, no dia a dia, acabamos nos distraindo com algumas coisas. Antes desse processo de pandemia, tudo era urgente, para ontem. Até que a vida nos põe em casa. É quando acabamos tendo que parar. “Agora, podemos ficar quietinhos em casa, sem estarmos doentes. Podemos pensar sobre as nossas relações, os obstáculos vão surgindo nesse momento. Podemos ficar mais próximos das nossas famílias, conversar. Impressionante como estamos ficando mais próximos, conversando mais, mesmo distantes”.
Ela lembra que, de acordo com a astrologia, temos que pensar novas formas de interação. “Não é só uma chuvinha. Não vamos ficar somente 15 dias em isolamento. Isso deve ocorrer até o final de julho, que é quando haverá mais tranquilidade para sairmos, nos reunirmos em grupos maiores. E vamos sair não para aquele mundo de antes, mas para um novo mundo. Então já temos que pensar esse novo mundo”.
Para ela, não tem outro jeito de resolvermos o coronavírus se não nos voltarmos para a humanidade, para o coletivo. E que temos que passar a lidar de uma maneira diferente com o consumo, o lixo que geramos e muitas vezes nem nos demos ao trabalho de separá-lo para a coleta seletiva. Temos que repensar nossas relações com o outro. “Esse vírus veio ensinar muitas coisas. Mas, principalmente, que precisamos cuidar do outro. Cuidar de mim e me preservar. No mínimo comer bem, ter uma imunidade boa. Ele veio nos ensinar a cuidarmos de nós mesmos, com mais disciplina, mais amor, não machucar ninguém. Ele teve que vir para nos ensinar o que não aprendemos de outro jeito. Só estamos conseguindo aprender com esse preço altíssimo que é o preço de sangue, que é o preço de vidas”.
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