Em sua participação semanal nos canais da @agdescomplica, a multiterapeuta Iana Meireles, da @vagalumeterapias, iniciou sua participação de sexta-feira, dia 5 de junho, lembrando do papel do eclipse lunar, que ocorreu naquele mesmo dia.
O eclipse penumbral, com um leve escurecimento da lua, visto apenas em alguns lugares do hemisfério norte, nos lembra que os eclipses são grandes eventos de transformação de destino, que ocorrem nos nódulos lunares. A lua cheia em Sagitário e o sol em Gêmeos. Teremos sol e lua alinhados. A sombra da Terra reflete na lua, no grande insconsciente. “Precisamos prestar atenção aos eclipses. Desde antigamente, as pessoas ficavam reclusas, em casa, pensando, pois é um evento que movimenta o eixo do destino, os dois têm dois planetas em comum, Marte e Netuno em peixes. Estão quadrando, pressionando as paredes, a quadratura. Temos que elaborar os conteúdos para não sermos esmagados por eles. Netuno é transcendência, ilusão, fantasia, grandes sonhos utópicos, pressionando o sol e a lua, nos obrigando a revelar nossos sonhos e descortinar as ilusões”, garante Iana.
De acordo com a terapeuta, a partir de hoje, não será mais possível viver ilusões. Esse esmagamento de Marte é tenso, está remexendo nossas emoções, por isso estamos bem à flor da pele, angustiados, parece que está tudo pior, mas é só nós nos dando conta do que estava ali antes. Estamos nos dando conta da realidade. “Percebemos isso pela semana que se passou. Manifestações, tragédias, o descortinar da nossa realidade. Vivíamos uma normose com o racismo, algo que sempre existiu e as coisas não estavam bem. As coisas não melhoraram, só estamos nos deparando com isso”, relata Iana.
Esse movimento de mudança, de acordo com Iana, é um desafio maior do que moda ou qualquer hashtag. É um desafio real interno e do todo, de que tem coisas que não podemos mais compactuar. O que vai acontecer com Netuno é que ele ficará retrógrado em 23 de junho e isso vai desmistificar o que não enxergávamos antes. E no dia 21 de junho haverá o solstício, com mais um eclipse, todos os planetas, menos marte, retrógrados.
E como podemos nos preparar para todas essas transformações? Segundo Iana, nos preparamos tendo consciência das nossas emoções e sonhos. Vamos nos comunicar com nossos sonhos, olhar os gatilhos, não embarcar nas pulsões de morte. “Não recomendo ninguém sair agora nem para manifestações nem para nada sério. Evite a rua. Teremos efervescência emocional em demasia. Também quem está na ilusão de que é só uma gripe, terá sua ilusão arrancada”, aponta.
A dica de Iana é aproveitar esse momento e fazer da sua casa, sua montanha e dela, seu casulo. Mas como ficar conosco mesmos? Na quarta-feira passada, Vênus ficou mais adiantada que o sol e passou a ser a Vênus matutina, e assim ficará por nove meses. Antes do sol nascer ela estará no céu, fértil, disponível, diplomática, querendo interagir, falar do que sente. Ela vai amenizar nossas dificuldades e nos ajudar a aparecer, expor nossos desafios e sensibilidades. Vai nos ajudar fazendo com que construamos novas pontes, resgatando pontes derrubadas, conversando, cada um terá mais intimidade mesmo dos seus casulos. Estamos mais versáteis e prontos para essas interações. Por isso manter um diário de emoções pode ajudar neste momento. E mesmo reclusos em casa, podemos manter relacionamentos virtuais. “Essa montanha virtual, inclusive, pode ser mais autêntica. conseguimos até mais habilidades de nos expressarmos. O que não tinha sido dito, pode ser dito. O virtual pode ser um ambiente mais propício para conversar e fazer essas pontes”, explica.
Iana nos falou sobre a meditação chinesa Chi Kung, de negação da realidade até que se perceba que há esse rompimento da realidade. O Budismo também usa isso, como a volta dos três dharmas: tudo é, não é, mas é. Existem os ingredientes que formam a realidade, mas sou eu que a construo. Eu posso chamá-la como eu quiser, mas aquilo pode ser o que eu quiser chamar. Nossa realidade é construída pelo nosso olhar, nosso sistema de crenças. Somos 100% responsáveis pelo que nos acontece, mas também somos hábeis para transformar nossa realidade interna e o mundo externo que olhamos. “Enxergue algo de bom nisso, que você começa a mudar a centelha do que poderia ser um problema em algo positivo”, resume, lembrando que “é difícil, doloroso, mas precisamos sair dessa pulsão de ódio. Elas sempre aconteceram, mas agora nos damos conta do que está acontecendo”.
Para Iana, precisamos lembrar que todos somos um, iguais. A vida não vai seguir em frente se não dermos um bom nascimento, despertarmos o melhor em nós. precisamos dissolver essa carga pesada, sombria do humano, dizendo que alguém é melhor que o outro. Nos colocar nos lugar de irmãos, de humanidade, filhos da mesma origem. somos expressões diferentes de vida, precisamos mudar nossa perspectiva. A pandemia nos mostra que estamos nas mesmas águas turvas. Precisamos dissolver essas diferenças.
O melhor a fazer agora é ter um momento de consciência, acreditar no poder de influência que temos. “Faça seu dever de casa, em casa. Uma meditação, uma prece, vamos trabalhar esse conteúdo, nos transformar. A lagarta é isso, ela se desconstrói. Escolhe um lugar seguro, constrói um casulo, se liquifaz e daquilo volta a se tornar outra coisa. Sai de uma lagarta para uma borboleta. Deixa de rastejar para voar sobre a terra. Precisamos alcançar esse nível de transformação. Quanto mais acessarmos nossos obstáculos internos, estamos colaborando para o atual estágio da humanidade. Não existe meia lagarta. Nós somos a humanidade, o governo, estamos ligados ao inconsciente”.
Jung nos diz que toda vez que atuamos fora, vivemos uma ilusão. Mas, quando atuamos dentro, despertamos. Vamos nos voltar para nós mesmos, mudar nosso padrão vibracional e comportamental, mudando, em consequência. “Precisamos copiar as formigas. Quando há eclipses, elas se recolhem para dentro da terra. Desde março, já tínhamos que estar assim, recolhidos. Tenhamos gentileza no trato com o outro. Vamos manter nosso diário emocional, conversar com os terapeutas, pedir ajuda. Conversem com pessoas que confiam, desabafem, sempre com humildade. Precisamos dessa interação com o outro para processarmos tudo melhor”, conclui Iana.
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