O processo de coaching é uma atividade bastante vasta, com inúmeras vertentes. Uma delas é o coaching integral sistêmico, utilizado por Fábio Veloso, e que ele detalhou na live que foi ao ar no dia 28 de abril, no canal da @agdescomplica no instagram.
Em seu trabalho de coach business, Fábio explica que primeiramente analisa o estado atual do negócio ou da vida pessoal do seu cliente. Em seguida, onde se quer chegar. “Meu trabalho é municiar meu cliente com ferramentas e métodos para ele chegar onde quer. Trabalho a persistência, o estado emocional para chegar lá, a inteligência emocional também é usada. Isso porque, muitos sabem o que tem que ser feito, mas aplicar de fato é outra coisa”, elucida.
A aplicação dessas ferramentas, citadas por Fábio se dá quando a pessoa consegue desenvolver a persistência, a disciplina e a ousadia que é trabalhada por meio do coaching. “Sempre damos atenção aos 11 pilares da vida. É um processo intuitivo, mas na prática, as pessoas acabem incorrendo nesse erro. Tiram a energia de um dos pilares, utilizam em demasia nos outros. A energia tirada de um pilar é cobrada no outro”, explica Fábio. Ou seja, o equilíbrio entre a vida pessoal, o trabalho, os negócios, os filhos, os amigos, é o grande goal do coaching integral sistêmico. “Quando temos as competências emocionais bem desenvolvidas, consigo decidir com mais qualidade”, resume.
Mas e como ficaram as projeções e os planos com a chegada da pandemia? “A definição de metas e plano de ação são a coluna vertebral do nosso trabalho. Ordeno as ações com o cliente para que ele continue executando tudo com energia e constância. Com a pandemia, vários clientes tiveram que mudar parte de suas metas ou até suas metas por completo”, observa.
Fábio citou a imagem de alguém dirigindo um carro prestes a bater em um poste. O uso de uma competência emocional permite que possamos responder, decidir com mais qualidade e rapidez. Aquele que não tem competência emocional, tira as mãos do volante e acaba batendo o carro. Quem tem, consegue raciocinar, desviar o carro e não bate.
“No cérebro humano, cada parte é responsável por um tipo de comportamento. Temos a parte reptiliana, mais primitiva, que nos traz o impulso de reagir ou fugir. Já o córtex pré-frontal é mais recente no desenvolvimento humano e nos traz essa questão do raciocínio lógico. É normal que eu iniba a ação do córtex-frontal em um momento de tensão. Geralmente, as pessoas entram em pânico, desistem do processo, esquecem o planejamento. É quando entra o processo de coaching. Auxilio o indivíduo a pensar, planejar e usar ferramentas que atuam na sua fisiologia”, enumera Fábio.
Para fortalecer a inteligência emocional, o profissional utiliza ferramentas como o mindfulness, a respiração, a ativação dos recursos, entre outras. Tudo para que a mente funcione melhor e seja ativado o que cada um tem de melhor. “É um processo gradual. As pessoas vão fortalecendo a inteligência emocional com o tempo e com treino. Até mesmo eu precisei rever alguns dos meus objetivos. Antes meu trabalho era um atendimento pessoal e palestras em auditórios, com planejamento de acionamento. Agora, com a pandemia, estou focando em atendimentos online, montei um escritório para gravar vídeos, com iluminação, tenho meta de publicação de conteúdo nas redes, mudei muitas coisas”, pontuou.
Fábio citou o exemplo de um empresário, cliente seu, que se adaptou rapidamente à nova realidade do isolamento. Tinha um site bem estruturado, mas viu necessidade de mudar a estrutura de entrega, abandonou o iFood e investiu em uma plataforma robusta de recebimento de pedidos, atendendo direto pelo whatsapp. “Nesse contexto, quem age rápido, sai na frente ao se adaptar a essa nova situação. Mas muitas vezes é preciso abrir mão de convicções, cortar na carne e queimar pontes. Acredito que a maior habilidade de quem tem resultados é a capacidade de tomar decisões de maneira rápida”, concluiu.
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