O Brasil, segundo a OMS, é o país que tem a maior taxa de ansiedade no mundo. Quase 10% dos brasileiros apresentam algum transtorno de ansiedade e mais de 5% sofrem com depressão.
Segundo o Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia evidenciou a necessidade de aumentar urgentemente o investimento em serviços de saúde mental. A pandemia, com o isolamento social, medo do contágio e desemprego e morte de pessoas próximas, intensificou ainda mais a ansiedade. E na publicidade, não foi diferente.
Mas, como isso impacta os publicitários?
Em uma área que o “trabalho por fora”, “freelas” e a “pejotização” são tão comuns, é fácil ligar os pontos. A crise econômica causada pela pandemia forçou diversas empresas a cortarem o investimento em marketing e publicidade, levando muitas agências a demitirem ou até fecharem as portas.
Vários profissionais tiveram suas fontes de renda cortadas e o home office mostrou-se um verdadeiro desafio. O que antes era o sonho de muita gente, hoje apavora profissionais.
A dificuldade de conciliar a vida profissional e a vida pessoal sob o mesmo teto, em um cenário tão instável, forçou uma reorganização de rotina, prioridades e horários. A falta de planejamento e a impossibilidade de se separar o profissional do pessoal podem levar o profissional a somatizar os acontecimentos.
O estresse da necessidade de se entregar uma demanda, o prazo apertado, misturado com o choro do bebê, o pedido do filho para ajudar na lição de casa, além da responsabilidade de se manter a casa limpa e a geladeira cheia podem colocar em cheque a tranquilidade.
Mas, o que é a ansiedade?
Segundo o Ministério da Saúde, os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. A ansiedade pode ser positiva, uma vez que ela te leva a tomar a ação, porém, em excesso, pode se transformar em um bloqueio, fazendo a pessoa se sentir imobilizada.
Os sintomas mais comuns da ansiedade são preocupações exageradas, dificuldade de relaxar, sensação de que “algo ruim vai acontecer”, medo de alguma situação ou objeto específico, de ser humilhado, falta de controle sobre os pensamentos e emoções.
As preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho são clássicas da síndrome de ansiedade. Aqui dá para entender bem como a pandemia impactou a vida de quem sofre de ansiedade.
A pandemia deixou todos esses cenários extremamente instáveis, dados como as taxas de divórcio aumentaram 18,7% e o desemprego subiu para 13,7% nos mostram isso.
Como atuar para ajudar na ansiedade dos colaboradores
As empresas que abraçam a responsabilidade de cuidar dos seus colaboradores, além de se tornarem mais humanas, aumentam sua produtividade também. Uma vez que um profissional desmotivado, estressado produz muito menos.
Algumas empresas já tomam a frente e oferecem benefícios focados na saúde mental de sua equipe. Existem soluções no mercado que ajudam empresas a cuidarem da saúde mental, como o app OrienteMe ou a Mental Clean.
Outras práticas mais simples que podem ser aplicadas que também ajudam muito é a prática de feedback, o incentivo à prática esportiva, a criação de uma cultura de diversidade, com política contra assédios, ou sessão coletiva de meditação.
Cuidar da saúde mental é importante para o colaborador, para a empresa e para equipe com um todo.