Nos últimos dias, falamos sobre as origens e, finalmente, a conquista do voto feminino no Brasil. Também falamos sobre o pouco espaço que as mulheres possuem dentro da política brasileira e mundial, uma desigualdade injusta, que pode e deve ser mudada.

Hoje nós iremos a fundo na importância do voto em mulheres, algo que vem para nos ajudar na busca por igualdade, e também pela representativa feminina na tomada de decisões da sociedade.

Te desejamos uma excelente leitura! Vamos lá?

Representatividade Importa

Além da busca por uma igualdade de gênero entre os representantes políticos, há uma outra força muito importante nesta luta: a representatividade. 

Por muito tempo, o homem branco, de terno com as mangas arregaçadas e o capacete de obra foi a cena principal dos períodos e propagandas eleitorais. Era difícil de uma mulher querer se envolver ativamente na política, “porque aquilo não era para”, “política é coisa de homem”. 

Além dos diversos desestímulos que as mulheres recebiam, era difícil para elas se imaginarem lá, uma vez que nenhuma mulher nunca esteve lá. Não existia inspiração para as mulheres. 

Hoje, depois de muita luta, um pouco disso já mudou. Já tivemos vereadoras, prefeitas, deputadas, senadoras e, até, presidente. Conquista essa que poucos países conseguiram. Os Estados Unidos nunca conseguiram eleger uma mulher para a presidência. 

Mulheres atualmente se envolvem na política, buscam por mais voz, mais direitos, mais igualdade. É possível ver uma menina hoje dizendo que quer ser presidente quando crescer. 

Os dados da cartilha elaborada pela Procuradoria Especial da Mulher mostram que 65% das pessoas entrevistadas acham que a eleição de uma mulher para presidente influencia os eleitores a votarem mais em mulheres. 

Ver mulher no poder nos faz acreditar que mulheres podem estar no poder. 

A gente não consegue nem cumprir os 30%

Em 2017, foi elaborada uma Emenda Constitucional que obriga cada partido a indicar, no mínimo, 30% de mulheres filiadas para concorrer no pleito. E nem isso os partidos brasileiros conseguem.

O estímulo à participação feminina por meio da chamada cota de gênero está previsto no artigo 10, parágrafo 3º, da Lei das Eleições. 

Antes que gere confusões, já vamos esclarecer uma coisa: a EC não é só sobre as mulheres. A redação diz que a lista de candidatos deve respeitar o percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para cada sexo. Mas, na prática, sabemos que os 30% dos homens já estão garantidos. 

Essa lei já entrou em vigor, valendo tanto nas Eleições de 2018, quanto na eleição de vereadores e prefeitos de 2020. O problema é que poucos dos nossos partidos e eleitores estavam preparados para isso. 

Ainda sobre os dados da cartilha da Procuradoria Especial da Mulher, 83% do entrevistados disseram que o sexo do candidato não interfere na escolha do voto. Se o eleitorado diz não ter restrições quanto ao sexo dos candidatos e acredita que o fato de haver uma presidente mulher estimula o voto em mais mulheres, como explicar essa representatividade tão ínfima das mulheres na política?

Para mudar, é importante mudar

O voto muda o futuro do país e o seu voto faz diferença. 

Só tem um jeito de alcançarmos a representatividade política e equidade de gênero na política: votar em mulheres. A lei prevê apenas a candidatura de 30% de cada sexo, mas o que acontece é que muitos partidos preenchem a lista de candidatos com mulheres apenas para preencher as cotas, quase como laranjas.

Buscar por candidatas que estejam realmente empenhadas na mudanças, que queiram trazer novas visões e democratizar ainda mais a nossa política é fundamental.  Como diria Albert Einstein:

Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

Se  elegermos sempre as mesmas pessoas, com as mesmas propostas, atingiremos sempre os mesmos resultados. 

Vamos fazer diferente na próxima eleição? Vamos trazer mais democracia e diversidade para o centro das decisões do país? 

blog

O Globo publica estudo Índice Brasil, da DSC LAB, que revela abandono de Bolsonaro por parlamentares no caso das “Joias Sauditas”

21/03/2023

O Globo publica estudo Índice Brasil, da DSC LAB, que revela abandono de Bolsonaro por parlamentares no caso das “Joias Sauditas”

redes@descompli.ca |

+55 (61) 99870-1525 / 3262-0446 / 3771-7549 /

Edifício Easy Rua das Pitangueiras, lt. 5/6 - Águas Claras, Brasília - DF, 71908-540

Atendimento: 9H às 18H - Segunda a Sexta

Fale Conosco

    ABRADI